Dra. Lorena Maciel de Miranda Bochenek
CRM-GO 19.843 | RQE 10.011
Uma psicóloga apaixonada pela mente humana que se tornou neurologista.
No auge dos meus 17 anos, iniciei a faculdade de artes cênicas em Curitiba. Estava feliz, gostando de todo o processo, no entanto, percebi que ainda me faltava alguma coisa e após algumas reflexões, identifiquei que sentia falta de cuidar das pessoas.
Não o cuidar através da arte e sim aquele mais profundo, através das emoções. Foi assim que resolvi fazer vestibular para psicologia.
Iniciei o novo curso em paralelo ao de artes cênicas, até que, precisei escolher qual seguir, já que a carga horária dos estudos não era mais compatível para continuar os dois.
O curso de psicologia é formidável, proporciona uma possibilidade de visão ampla do mundo, da vida e das pessoas. Estudava tudo com muito empenho e me apaixonava mais a cada conteúdo.
Foi quando a teoria da psicanálise de Freud chamou minha atenção e já no primeiro semestre iniciei um estágio em uma clínica psiquiátrica sob essa visão, onde aprendi muito mais sobre ser humano e sua complexidade.
Realizei outros estágios em outras áreas, todos sob a visão da psicanálise, mas foi em um estágio na maternidade que encontrei a medicina. Me percebi circulando mais em atividades que competem ao médico do que ao psicólogo, nesse período a paixão pela medicina chegou junto ao desejo de ser médica.
Mas, o vestibular de medicina é muito concorrido e precisei me esforçar ainda mais para vencê-lo, afinal, tinha 04 anos que terminei o segundo grau. Comecei a estudar para o vestibular em paralelo com a faculdade de psicologia, ou seja, foram muitas noites sem dormir para dar conta de tudo.
Depois de muita dedicação nos estudos, ingressei na faculdade de medicina e precisei muito do apoio do meu pai. Já estava casada nessa época, meu esposo e nossas famílias também foram fundamentais para que tudo isso acontecesse.
Fiz o que podia para economizar durante todo o curso, copiava todo o conteúdo, porque, muitas vezes, não tinha como realizar a cópia do material, não tinha os livros e nem computador. Foram seis anos de muita dedicação e estudos, mas também de muita alegria, porque a cada dia me apaixonava mais pelo curso.
Por um tempo, consegui conciliar os dois cursos, mas no último ano da faculdade de psicologia, precisei trancar. No entanto, algum tempo depois, optei por dar uma pausa na medicina e finalizar a formação em psicologia, para depois continuar meus estudos na área médica.
Não poderia deixar de finalizar a formação de psicologia, uma vez que foi uma etapa muito importante na minha jornada de aprendizado. Assim, iniciei a minha atuação como psicóloga, consegui conciliar alguns atendimentos clínicos durante a faculdade de medicina.
Realizei a minha última etapa da formação médica no Hospital Santa Marcelina, referência em muitas áreas da medicina. Um local que me proporcionou experiências maravilhosas e onde me apaixonei pela neurologia. Convivi com profissionais excelentes, entre eles a Doutora Sheila, responsável pela área da neurologia.
Costumo dizer que não foi eu que escolhi a neurologia, e sim, ela que me escolheu. Durante todo o processo de aprendizado, tenho a sensação que já estudei tudo isso, uma intuição e familiaridade com os assuntos.
Por isso, resolvi iniciar minha residência na Universidade Federal da Bahia e oficializar esse caminho na neurologia. Foram três anos vivendo exclusivamente para esse estudo, ou seja, vivi intensamente a neurologia nos meus dias.
Durante esse período, vivenciei e pratiquei o tratamento de centenas de pessoas que padeciam de enxaqueca e de outras cefaleias de difícil controle. Além de participar do atendimento e acompanhamento em diferentes áreas da neurologia. Experiências que trago para minha atuação atual em consultório.
Finalizando a residência iniciei minha trajetória no Exército Brasileiro, sendo neurologista do Hospital Geral do Exército de Salvador. Após o nascimento da minha filha, nos mudamos para Goiânia, para ficar perto de familiares, e aqui dei continuidade aos meus serviços no Exército Brasileiro.
Hoje atuo mais especificamente no consultório e quando os meus pacientes precisam de internação, tenho contato em lugares de referência, como o Hospital Einstein, o Hospital São Francisco e o Hospital Santa Helena. Tenho muito orgulho de trabalhar em parceria com essas instituições, que possibilitam dar continuidade ao atendimento que meus pacientes precisam.